Confira o que Rolou no Show, Por Robério Lima
A chuva que castigou a cidade no final da tarde e que seguiu noite a dentro, fez com que o trânsito se transformasse em uma espécie de cortejo fúnebre. Aliás, isso não é mais uma novidade para o cidadão que procura garantir sua existência com o mínimo de dignidade, em uma cidade caótica e desordenada.
Mesmo com esse cenário desolador, ainda há na metrópole boas opções de entretenimento.
Sendo assim, rumamos para o Sesc Pompéia (local que deve ser visitado sempre que possível!), em busca de um pouco de barulho e algumas cervejas para acalmar o espírito.
Reactory (Alemanha) e Damn Youth (Brasil), fariam no palco da comedoria do Sesc, uma espécie de “seção do descarrego”.
E para quem gosta de som veloz e cortante, essa foi a opção mais apropriada para encerrar a dura semana. Pontualmente às 21:30, o Damn Youth assume o palco para mais uma apresentação insana.
Os cearenses ainda estão “no corre” para divulgar o excelente debut “Breathing Insanity”, e a base do set foi toda baseada nesse trabalho.
A estrada vem fazendo muito bem para os cearenses. Quem viu a apresentação dos caras no lançamento do disco (em Janeiro no Jai Club), sabem do que estou falando.
A maioria dos que compareceram ao Sesc, desfilavam uma “peita”dos caras. Houveram menções “carinhosas” para o Datena em “The Audience Wants Blood!”, e uma em especial contra os que ajudaram a eleger um facista ao poder “No Mercy To Nazy”.
O Reactory, veio em seguida com um thrash metal que inevitavelmente segue a escola de mestres alemães; como Assassin, Destruction e Sodom.
Falo isso, pois é impossível ouvir o som dos caras sem lembrar das grandes referências no estilo que surgiram no país.
O som dos caras é altamente radioativo e se espalhou como um gás letal pelas dependências do simpático local, com sons como “spread brutality” e “Drop The bomb”, mantiveram o “mosh pit” em rotação altíssima.
Fato interessante é que deve ser mencionado é a entrada de Caue dos Santos (ex Social Chaos), martelando seu kit de bateria, como pede o estilo! Hänz Hazard (vocal), ainda fez uma “colinha”, estrategicamente fixada em um dos retornos, para interagir com o público.
Devido a chuva e o trânsito infernal não teve lotação máxima, como é de costume em apresentação no Sesc, mas um bom número de headbangers, esteve nas proximidades da simpática rua Clélia para prestigiar a violência em forma de música.Mais “uma dentro” dos agitadores culturais de sempre; Cospe Fogo e Loja 255, que são exemplo da contra cultura e devem permanecer vivos para que o underground respire ainda mais forte. Que eventos como esse, infestem o maior número de unidades do Sesc possível!!
Produção: Lucas Villar-Núcleo Porta Preta
Cospe Fogo Produções e Sinfonia de Cães
Apoio: Loja 255
Resenha pelo Colaborador
Robério Lima, 38 anos, apaixonado por música, literatura e cinema morador da zona leste de São paulo bairro do Jd limoeiro localizado na região do extremo leste da capital paulista. Começou a publicar textos no blog Salada Itinerante.
Atualmente faz colaborações e coberturas de shows nacionais e internacionais para o Big Rock n Roll, atualmente é o mais novo colaborador do Portal cultura leste.