Poetas niversitário, Poetas de Cademia, De rico vocabularo Cheio de mitologia; Se a gente canta o que pensa, Eu quero pedir licença, Pois mesmo sem português Neste livrinho apresento O prazê e o sofrimento De um poeta camponês. Eu nasci aqui no mato, Foi os livro de valô Depois que os dois livro eu li, Poeta niversitaro, Meu caro amigo poeta, Dêste jeito Deus me quis |
Em Julho desse ano Completamos 10 anos sem o Poeta, Uma década após sua morte Patativa do Assaré é lembrado pelos versos que cantaram o Nordeste para além da região.
Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave.
“Não tenho tendência política, sou apenas revoltado contra as injustiças que venho notando desde que tomei algum conhecimento das coisas, provenientes talvez da política falsa, que continua fora do programa da verdadeira democracia”.
Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados.
Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.
Obteve popularidade a nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos.
A composição musical, bem diferente do improviso poético dos violeiros, foi seu jeito de romper os limites do desprezo e do desconhecimento das grandes platéias urbanas em relação à incompreendida poesia matuta, gênero do qual foi tão príncipe (como se dizia antigamente dos melhores poetas) quanto Seu Lua foi Rei do Baião.
Aos Poetas Clássicos