Trabalho desenvolvido pelo Coletivo Abayomi

Com 510,6 metros quadrados, o grafitti retém na comunicação visual e estética o desenvolvimento de um painel em grande proporção onde as culturas ancestrais são protagonistas.

O desenho retrata ancestralidade e resistência a partir de olhares não hegemônicos, que atende às necessidades específicas no que diz respeito à inclusão da raiz da identidade brasileira pelas matrizes indígena e africana, visto que o domínio cultural do colonizador reforçou a segregação racial, que desvaloriza e ignora a construção da humanidade por outros olhares, como o dos povos originários de seus territórios e outras etnias não dominantes.
Não! Não apagarão mais a nossa história!
A base do projeto foi elaborada a partir de um conjunto de reflexões sobre o pagamento da nossa história, tem o objetivo de propor atravessamentos filosóficos e convidar o público a se aproximar do contexto social e afirmativo acerca da formação identitária.

A partir da pintura em alta escala, será possível fomentar um percurso que irá dialogar com saberes ancestrais por meio da contemporaneidade e cultura, com foco educativo, lúdico e epistemológico, com acesso a linguagem artística da arte urbana para propor renovação, edificação territorial e estímulo a nutrição antropológica.


Um dos objetivos do projeto é abordar provocativas acerca dos temas de instabilidade social como racismo, intolerância e preconceito, propondo reconhecimento, valorização e aceitação cultural para o desenvolvimento humano participativo, sob o viés do espectador. São dois personagens significativos para o estímulo a comunicação imagética: Uma mulher indígena e uma Yaô, negra, originária de África, envolto num ciclo místico, que se conecta com o renascimento de Orí, – cabeça, intuição e destino.
Nas figuras silenciadas pela opressão encontramos a humildade de reconhecer a importância de construções coletivas e trocas de aprendizagens e sabedoria. Os dois personagens se conectam com o conceito de ancestralidade, onde há um reconhecimento da história e raízes.
A geração atual está cada vez mais antenada nos processos ocasionados pela visualidade e tem na imagem um dos maiores meios de comunicação.

A presente proposta nasceu como forma de dar vida às histórias e dialogar com diferentes realidades, e que contemplam boa parte dos migrantes brasileiros de comunidades, por vezes escassas de fontes de informação e cultura. A arte é a principal responsável pela manutenção do fio condutor que mantém a conexão cultural entre identidade e contemporaneidade.

É historicamente comprovado que mesmo sofrendo com as transformações do tempo, é a expressão artística humana, que resgata a autenticidade do ser.

À formação da personalidade acrescenta-se a potência de como dosar o tempo e de perceber que o instante de atenção devotado ao trabalho do outro imprime solidez à dedicação da própria obra, a de construção de sua história.

A partir dessa tomada de consciência que a arte acontece e a realidade visual torna o
conhecimento histórico solúvel, o que pressiona a pensar o resgate identitário como fator fundamental dentro desse valor midiático.
Texto: Marisa Soou e Bien Rosa


“Este projeto foi realizado com recursos financeiros do Projeto MAR – Museu de Arte de Rua – Edital nº 03/SMC/2023 – Secretaria Municipal de Cultura – SP”

Ficha Técnica: Artistas: BienRosa @pambienrosa e Coletivo Abayomi Graffiti

Marisa Soou e Dj Negrito (@abayomigraffiti @sooushaay e @djnegrito)

Fotos e vídeos: Ricardo Kafka @kafkafotografka

Projeção: Coletivo Abayomi @abayomiatelie

Produção executiva: Coletivo Abayomi @abayomiatelie

Assessoria de imprensa: Paloma Alves – Obará Produções Artísticas

Apoio técnico: José Roberto de Souza

Serviço: Ceu Barro Branco – Cidade Tiradentes

Endereço: Rua Salvador Vigano, 100 – Conj. Hab. Barro Branco II, São Paulo – SP, 08473-605

Horário de Funcionamento: 08:00h às 22:00h

Exposição Gratuita

Assessoria de imprensa

Paloma Alves – Obará produções Artísticas

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