exposição “Ossario começa” no dia 20 de março e dura até 9 de maio, com visitação de terça a domingo, das 10h às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A entrada é Catraca Livre.
Durante várias madrugadas, utilizando apenas retalhos de tecido, Alexandre Orion limpou seletivamente uma grossa camada de fuligem que recobria as laterais de diversos túneis da cidade de São Paulo. Orion Revelou na poluição Crânios de Milhares e catacumbas Transformou os túneis em: nascia “Ossario”.
Nesta exposição, uma instalação recria uma atmosfera dos lugares pelos Quais o artista e passou, por meio de fotografias, vídeos e textos, apresenta o processo de criação, como interferências do poder público eo desfecho desta que é uma das mais importantes já realizadas Intervenções efemeras .
Alexandre Orion flagrava como suas Intervenções se misturavam
com as pessoas pela rua que Passavam
por Gilberto Dimenstein
Ao passar madrugadas desenhando caveiras Centenas de paulistanos em túneis, o artista plástico Alexandre Orion descobriu um ingrediente inusitado quadros para pintar: a fuligem liberada pelos automóveis, que fica aglomerada em camadas negras nas paredes de cerâmica.
Aprendeu a fazer daquele pó ingrediente para uma tinta. Essa tinta nasceu por acaso, quando Alexandre resolveu Criar uma obra, intitulada “Ossario”, em um túnel (o Max Feffer), na avenida Cidade Jardim. “A era da cor original daquele túnel o amarelo, mas, com o tempo, como paredes ganharam um aspecto cinza até se tornarem completamente negras.”
Panos úmidos dão forma às caveiras amontoadas, Transmitindo uma sensação de que os motoristas estariam entrando em uma escavação arqueológica. “Quis fazer dessa caverna uma catacumba urbana”.
Foram semanas produzindo esse Ossario “. Os panos, imundos, eram Levados para uma sua casa e ficavam num balde de água. Na manhã seguinte, parte estava separada daquela fuligem no fundo. “Olhei para aquilo e vi Símbolos de uma cidade.”
Veio, então, a idéia de pintar cenas urbanas com quadros, transformando uma fuligem em um pigmento para tinta. Fuligem Ele próprio sentia-se misturado a toda aquela. “Quando voltava para casa, apesar de ter usado máscaras, estava tonto e enjoado. Parecia que os banhos não limpavam-me. “
O caos paulistano sempre envolveu TODOS OS SENTIDOS de Alexandre. Nasceu e sempre morou em ruas movimentadas, com muito barulho e poluição. “Os carros não paravam.” Adolescente, aventurou-se pelo grafite, Preenchendo espaços em viadutos e muros em torno das avenidas mais agitadas da cidade. “São Paulo é, além de fonte de inspiração, um ateliê e uma galeria aberta.”
Alexandre se destacou porém, quando UNIU Desenhos a fotografia, misturando realidade e fantasia na paisagem paulistana.
Primeiro, como fazia intervenções e nos muros, depois, flagrava como suas Intervenções se misturavam com as pessoas que Passavam pela rua. Alexandre mostrou essa obra inicialmente na Pinacoteca e, em seguida, rumou para Nova York, São Francisco e Roterdã (Holanda).
O “Ossario” acabou ganhando vida. Incomoda um macabra intervenção, tanto que a prefeitura Tratou de limpar o melhor Túnel Max Feffer. Alexandre procurou, então, outros túneis, mas percebeu que aquelas caveiras já tinham cumprido sua missão e Tratou de experimentar uma tinta à base de fuligem. Notou força que exibiam na tela. Neste mês, uma série de dez quadros nascidos daquela experiência nos túneis vai para uma exposição.
“A minha cidade é a matéria-prima”, conta, preocupado em transmitir, em suas Intervenções, como várias poluições urbanas.
Palavras-chave: catraca livre, CCBB, Exposição, Grátis
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Serviço
O Que: Ossario
Quando: de 20/03 a 09/05
Terças, Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos das 10:00 às 20:00
Sáb 20 a Dom 21/03 10:00 às 20:00
Quanto: Catraca Livre
Onde: CCBB
Endereço: R. Álvares Penteado, 112 – Centro. Telefone: (11) 3113-3651.
Obs: Classificação: livre.
Fonte:https://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/03/exposicao-retrata-a-performance