A montagem com sete bailarinos faz duas apresentações gratuitas 

Com sete bailarinos, Olhares dos Sapatos dá continuidade a pesquisa da companhia que acolhe as habilidades e potencialidades de seus integrantes e investiga a ressignificação de objetos cotidianos e de auxílio a mobilidade criando uma poética de movimento.

A Cia Dança Sem Fronteiras trabalha com a dança como um território que representa, respeita e entende o sujeito com suas singularidades.
olhares-dos-sapatos-credito-maria-cristina-pillegiOlhares dos Sapatos integra o projeto Dança Sem Fronteiras e suas Interlocuções com a Cidade, contemplado pela 23º edição de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, que entre as atividades conta com Jams de dança, oficinas e residências artísticas.

As coreografias de Olhares dos Sapatos são criadas a partir da singularidade e da fisicalidade de cada intérprete, utilizando o gestual do cotidiano, misturado com elementos de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e princípios coreográficos que a Cia vem desenvolvendo em sua pesquisa.

A bailarina Fernanda Amaral, que assina direção e coreografia explica: “Em nossa pesquisa trazemos para as coreografias, métodos de improvisação, DanceAbility e a dança teatro, assim como movimentações originadas pela necessidade de mover partes que não se movem sozinhas, movimentações originadas pela utilização e separação articulares, além da presença física adquirida pela influência das artes marciais”.

Sapatos viram personagens
Olhares dos Sapatos apresenta três personagens centrais: O Senhor Andador, narrador que leva consigo um andador no qual transporta sapatos, a memória do andar, inúmeras histórias e a poesia de percorrer o mundo todo; a Dona Sapateira, mulher sábia que com seu jeito peculiar de mover transporta inúmeros sapatos de todos os tipos e o Matraca, que se locomove dentro de uma caixa de engraxate feita em cima de um skate, e com sua curiosidade observa o mundo e as movimentações dos sapatos a sua volta.

A cenografia traz uma instalação com uma mala armário, de onde saem muitas linhas conectadas a vários sapatos, onde desfilam personagens, como Sapa-Diva (sapato diva) que não pode colocar o pé no chão e por isso usa muletas; os Sapatos com Olhos que ajudam a caminhada de quem têm baixa visão, o Sapato News que transmite as notícias do mundo, os Sapatos Pés e os Boca de Sapato, entre outros.

O elemento sapato apareceu no trabalho da Cia Dança Sem Fronteiras pela primeira vez sutilmente no espetáculo, Frestas do Olhar em 2017. Para Fernanda Amaral, a nova montagem provoca desta vez com sutileza e humor, uma reflexão sobre a diversidade.

“O espetáculo segue nossa linha investigação e busca de referências para ampliar o que se vê ou se percebe, um ver através da ressignificação de objetos utilizando sempre uma linguagem de movimento pesquisada e desenvolvida pela Cia Dança sem Fronteiras, há sete anos e por mim há mais de 25 anos”, conta a bailarina.

Sobre Cia Dança Sem Fronteiras
Em 2010, em São Paulo, Fernanda Amaral, bailarina, coreógrafa e educadora criou a Cia. Dança Sem Fronteiras. Desde a sua criação, a companhia, com sete espetáculos no repertório, realiza oficinas de dança e apresentações em teatros, museus, espaços abertos (rua e praças) e diversos SESCs da capital e interior, além de participação nos festivais Sencity no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Vozes do Corpo e Mostra Internacional Mais Sentidos no Teatro Sérgio Cardoso.

Em 2013 a companhia foi contemplada pelo prêmio Prince Claus Fund for Culture and Development (Holanda) e com o ProAc de Produção de Espetáculo de Dança com Olhar de Neblina. Em 2015, pelo 19º Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, com o Projeto Novas Fronteiras do Olhar e em 2018 pelo 23º Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, com o projeto Dança sem Fronteiras e suas Interlocuções com a Cidade, que envolve Oficinas, Jams e estreia e circulação do espetáculo Olhares dos Sapatos.
Serviço:
Olhares dos Sapatos
Dia 23 de novembro, sexta-feira, às 17h, na Estação Paraíso do Metrô
Dia 26 de novembro, segunda-feira, às 10h, na Estação Luz do Metrô.
Coreografia e Direção – Fernanda Amaral.
Bailarinos – Ana Mesquita, Fernanda Amaral, Gabriel Domingues, Gustav Coubert, Lucineia Felipe dos Santos, Maiara Roquetti e Rafael Barbosa.
Trilha Sonora – Divan Gattamota
Figurino e Cenário – Kleber Montanheiro
Iluminação – Alexandre Zulu
Produção – MoviCena Produções
Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta
Desenho Gráfico – Sofia Sterzi
Fotos – Ricardo Pimentel
Duração – 60 minutos
Livre
GRÁTIS
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