Oito anos depois de sua morte, o mito do médium mineiro está vivo, forte e será renovado por uma onda de filmes que celebram o centenário de seu nascimento. O que explica essa popularidade?

Psicografia
O ator Nelson Xavier como Chico, em cena do filme que será lançado no mês que vem. O Espiritismo ganha como telas
Como se explica que um homem pobre, doente e semi-instruído, nascido mulato No início do século passado, em um rincão distante de Minas Gerais, viesse a se Tornar, ao longo de seus 92 anos de vida, e sobretudo depois dela, uma espécie de mito brasileiro – um nome Capaz de emocionar, organizar e motivar as pessoas em torno de uma fé e do trabalho filantrópico que ela inspira? O que havia na personalidade e nas ideias daquele homem careca, Estrábico, sempre de peruca e óculos escuros, que se expressava com uma fala pausada e Amanteigada dos Mineiros, Capaz de sobreviver A sua morte em 2002 e transformá-lo em objeto de culto, de estudo e de interesse Crescente dos Meios de Comunicação? Por que o celibatário ao mesmo tempo doce e obstinado, que se dizia Capaz de conversar com os mortos e foi perseguido e ridicularizado por isso, conseguiu expressar tão bem a alma brasileira um ponto de Tornar-se, ele mesmo, um ícone e uma popular Figura respeitada mesmo entre Aqueles que não compartilham de suas convicções polêmicas?
Respostas a perguntas como essas, se elas existirem, talvez não surjam decorrer deste ano, quando se celebra, com uma onda de filmes, o centenário de nascimento de Chico Xavier, o médium mais conhecido do mundo e uma das personalidades mais queridas dos brasileiros.

No dia 2 de abril, data de seu nascimento em 1910, estreará Chico Xavier – O filme. Baseado em best-seller não de Marcel Souto Maior, As Vidas de Chico Xavier, História e dirigido pelo Daniel Filho blockbuster, o longa-metragem vai ocupar 300 salas, promete lotar os cinemas e Apresentar ao grande público (sobretudo aos jovens uma) que, se fosse roteiro de ficção, seria classificada de inverossímil. Ou, no mínimo, exagerada. Garoto pobre do interior perde uma mãe aos 5 anos, é maltratado na infância e começa a ver espíritos; escreve livros que seriam ditados por grandes nomes da literatura e mortos já ganha projeção nacional ao psicografar mensagens de pessoas que já morreram parentes inconsoláveis par. Lança mais de 400 obras literárias, que vendem 50 milhões de exemplares – mas doa tudo para uma caridade. Sem boa saúde, trabalha sem parar e vive de seu salário do Ministério da Agricultura até morrer. Sem ser católico, vira quase um santo.

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