Artistas de São Miguel e Itaim Paulista tem suas Marcas registrada no maior Corredor de Arte Urbana da America Latina.

Quem passar pelo mural e ver um caranguejo gigante pode ter certeza que essa arte é de Marisa, a Lamah. “O caranguejo é uma homenagem a Chico Science e Nação Zumbi, assim como meu vulgo ‘Lamah’. O significado do caranguejo está associado ao mangue, ao Recife e nossas raízes do Nordeste”, explica a integrante dos coletivos artevidádiva, Graffiti Salva e Abayomi Ateliê.

Eles são Bó, Lamah, Bien Rosa e Gryllo, nomes que soam bem diferentes aos ouvidos, mas que os muros de São Paulo conhecem bem. Bó é Robson Juarez Lago, 29, organizador de eventos; Lamah é Marisa
Souza, 28, editora e artista plástica; Bien Rosa, ou Pamela Rosa, 25, trabalha como estilista e Jackson Oliveira, 32, o Gryllo, é funcionário público. Todos são grafiteiros e moradores dos bairros de São Miguel e Itaim Paulista, na zona leste da capital e seus desenhos farão parte de um mural de mais de 15 mil metros na avenida 23 de Maio, no centro, o maior corredor de arte urbana da América Latina.
O grafiteiro Bó, que integra o Coletivo Arte e Cultura na Quebrada, organiza há mais de sete anos um dos maiores eventos de grafite e Hip Hop no Jardim Helena, em São Miguel, e também deixou seu grafite na 23 de Maio. Seus desenhos representam pessoas mascaradas. “Surgiu a ideia de aproveitar fotos, fazer uma mesclagem e unir ao meu estilo”, afirma Bó.

Gryllo também faz parte das ações sociais e culturais na região e sua marca registrada, o grilo, vem de seu apelido de infância. “meu personagem ‘verdin’ é uma extensão de mim, um pensamento ou insatisfação com essa grande metrópole cinza e egoísta”.
O grafiteiro ficou grato em ser convidado para participar do projeto do mural. “A prefeitura enxergou que um museu de grafite tem que ser na rua, para todos sem distinção”.
Já a imagem de uma figura humana masculina com uma casa no lugar da cabeça, ou uma figura humana feminina com um coração no lugar do olho, são os personagens de Bien Rosa.
“Necessito expressar angústias, revoltas e sensações através da arte do grafite, se eu guardar meus desenhos em um caderno, reservarei o que sinto para poucos. Nas paredes compartilho e assim evoluo”.
O mural da avenida 23 de Maio integrará 70 muros entre o Terminal Bandeira e o antigo Detran de São Paulo, e é uma iniciativa promovida pela prefeitura de São Paulo envolvendo mais de 200 artistas. Cada grupo ou artista recebeu 50 latas de spray para deixar sua marca no painel.

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