Três irmãos decidem viver uma grande aventura. Orlando (27 anos), Cláudio (25) e Leonardo (23) Villas-Bôas alistam-se na expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central.
 A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo os irmãos se tornam chefes da expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura, registrando tudo num diário batizado de “Marcha para o Oeste”.
A história cobre um período que vai de meados da década de 1940 aos anos 1970, o que representa a maior parte da vida ativa dos sertanistas (exceto Leonardo, que morreu em 1961). Como explica o diretor, “os anos 40 foi quando eles se lançaram, sem saber o que procuravam, na expedição Roncador-Xingu, no governo Getúlio Vargas, para explorar e povoar o Centro-Oeste. Era um Brasil desconhecido onde eles, que eram jovens, foram procurar aventura, pois não queriam viver na cidade. À medida que têm essa experiência, no entanto, eles se apaixonam pela causa indígena”.
A história se fecha nos anos 70, um pouco antes da aposentadoria de Cláudio e Orlando e pouco depois da criação do parque do Xingu que, como lembra o diretor, “foi a primeira reserva indígena de grandes dimensões no Brasil”. Cláudio morreu em 1998 e Orlando, em 2002.

Numa viagem sem paralelo na história, com batalhas, 1.500 kms de picadas abertas, 1.000 kms de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica.

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