Festival traz programação da periferia de São Paulo para todo o País
São Paulo, 2 de fevereiro de 2021 – Começa no próximo dia 8/2 a 2ª edição do Festival Todo Canto É Palco, realizado em formato virtual até 14 de março, com apresentações semanais de espetáculos, seguidos de oficinas e debates online.
Iniciativa do Coletivo dos Anjos, grupo sediado em Jandira-SP, o festival tem como foco principal mostrar o trabalho de pesquisa contínua dos grupos alternativos surgidos a partir das margens de São Paulo. Este ano, serão exibidos 10 espetáculos online gravados, além de 10 lives com grupos, um documentário, 2 debates ao vivo e 2 oficinas online. Todos os eventos serão disponibilizados gratuitamente pelas redes sociais do Coletivo dos Anjos (veja abaixo serviço e programação completa). Esta edição do Festival é realizada pelo Proac – Lei Aldir Blanc.
Informações, inscrições e acesso às exibições e lives:
Facebook:
https://www.facebook.com/todocantoepalco
https://www.facebook.com/coletivodosanjos1
YouTube:
Canal Coletivo dos Anjos:
https://www.youtube.com/channel/UC8VqIpdthApbK7nVHQjZ6fQ
Instagram: @coletivodosanjos
Serviço:
Festival Todo Canto é Palco – 2ª edição
De 8/2 a 14/03
Programação Completa:
Semana 1:
8 a 12/02 (seg à sex) – Exibição de espetáculos gravados, disponíveis a qualquer hora:
“(IN)JUSTIÇA” – Companhia de Teatro Heliópolis
“Os Livros de Jonas” – Teatro da Conspiração
13/02 (sáb) 15h – Live com a Companhia de Teatro Heliópolis
14/02 (dom) 15h – Live com o Teatro da Conspiração
Semana 2:
15 a 19/02 (seg à sex) – Exibição de espetáculos gravados, disponíveis a qualquer hora:
“Ladeira das Crianças – Teatro Funk” – Grupo Rosas Periféricas
“O Tarô dos Loucos” – Casa Realejo de Teatro
*Esta semana, estará disponível também o documentário “Os Arcanos da Loucura”, da Casa Realejo de Teatro.
18/02 (qui) 18h – Live/Debate com Luiz Carlos Moreira, do Grupo Engenho Teatral e Sergio Carozzi da Trupe Lona Preta.
20/02 (sáb) 15h – Live com o Grupo Rosas Periféricas
21/02 (dom) 15h – Live com a Casa Realejo de Teatro
Semana 3:
22 a 26/02 (seg à sex) – Exibição de espetáculos gravados, disponíveis a qualquer hora:
“Vocifera” – Teatro do Kaos
“Pepé, O Pequeno Palhaço” – Paideia Associação Cultural
*OFICINAS
De 22 a 26/02
10h às 12h
“Música e Cena Numa Linha Escura – Limites e possibilidades de pensar e fazer música para teatro, a partir de referências do teatro negro paulista”, com Saloma Salomão.
De 22 a 26/02
14h às 17h
“Teatro da Roda, Dança/Palco e Rua”, com Luiz Carlos Laranjeiras.
27/02 (sáb) 15h – Live com Teatro do Kaos
28/02 (dom) 15h – Live com Paideia Associação Cultural
Semana 4:
1 a 5/03 (seg à sex) – Exibição de espetáculos gravados, disponíveis a qualquer hora:
“O Circo Fubanguinho” – Trupe Lona Preta
“Buraquinhos ou o Vento é Inimigo do Picumã” – Cia. Carcaça de Poéticas Negras
4/03 (qui) 18h – Live/Debate com a dramaturga Dione Carlos e o ator e diretor Jé Oliveira.
6/03 (sáb) 15h – Live com a Trupe Lona Preta
7/03 (dom) 15h – Live com a Cia. Carcaças de Poéticas Negras
Semana 5:
8 a 14/03 (seg à sex) – Exibição de espetáculos gravados, disponíveis a qualquer hora:
“Cidade Desterrada” – Grupo Pombas Urbanas
“Super Tosco” – Rosa dos Ventos
13/03 (sáb) 15h – Live com o Grupo Pombas Urbanas
14/03 (dom) 15h – Live com o Grupo Rosa dos Ventos
Sinopses dos espetáculos e descrição das atividades:
Semana 1:
“(IN)JUSTIÇA” – Companhia de Teatro Heliópolis (de 8 a 12/02)
É um ensaio cênico, guiado pela indagação ‘o que os veredictos não revelam?’, que reflete sobre aspectos do sistema jurídico brasileiro. Para tanto, conta a história do jovem Cerol que, involuntariamente, pratica um crime. A partir daí, surgem diversas concepções sobre o que é justiça, seja a praticada pelo judiciário ou aquela sentenciada pela sociedade.
“Os Livros de Jonas” – Teatro da Conspiração (de 8 a 12/02)
O espetáculo conta a trajetória de Jonas, um jovem da periferia que monta por conta própria uma Biblioteca Comunitária no puxadinho da oficina mecânica do Pai. Para ampliar a oficina, o pai exige o espaço da biblioteca, e Jonas tem que se engajar na continuidade de seu projeto. Com música especialmente composta e encenação baseada na fala poética e nas danças urbanas, “Os Livros de Jonas” discute o poder da arte como forma de sonho, resistência e renovação de uma sociedade, dirigindo-se não só ao público juvenil, mas a todas as idades, da criança ao adulto.
Semana 2:
“Ladeira das Crianças – Teatro Funk” – Grupo Rosas Periféricas (15 a 19/02)
No bonde da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem; tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. As histórias de crianças periféricas ganham a cena e revelam seus desejos e sonhos, embalados pelo ritmo do funk.
“O Tarô dos Loucos” – Casa Realejo de Teatro (15 a 19/02)
Fiapo é ajudante da famosa cartomante Madame, a taróloga que vê a sorte no Tarô dos Loucos. Enquanto Madame não chega, Fiapo recebe o público e o leva para conhecer os segredos de um misterioso lugar. O espetáculo é o primeiro espetáculo da Casa Realejo de Teatro, um solo de palhaço que presta uma homenagem a quatro pacientes que viveram no Hospital do Juquehy. Um jogo que passeia pelos corredores da Loucura.
Documentário “Os Arcanos da Loucura”, da Casa Realejo de Teatro (15 a 19/02)
O filme-documentário OS ARCANOS DA LOUCURA focaliza as histórias de vida de Bira, Biriba, Carol e Carlito (os quatro pacientes homenageados no espetáculo teatral.O TARÔ DOS LOUCOS. O filme traz relatos de pessoas que conviveram com os pacientes e amplia poeticamente o imaginário acerca dessas pessoas cujas histórias são soterradas pela institucionalização mas permanecem no imaginário popular dos moradores de Franco da Rocha, cidade que nasceu ao redor do centenário Hospital do Juquehy.
Semana 3:
“Vocifera” – Teatro do Kaos (22 a 26/02)
Este teatro não existirá mais, e os outros, o que faremos pelos outros?” Após 30 anos de construção não concluída do teatro municipal da cidade, um hospital tomará seu lugar. Por que devemos decidir entre dois direitos básicos, cultura e saúde? Por que não exigimos o cumprimento de ambos? O espetáculo traz à tona os (des) caminhos da conjuntura política atual. Lança mão de questões aparentemente locais e corriqueiras para fazer uma análise crítica sobre o pensamento conservador pautado no discurso do medo e na violência sistêmica.
“Pepé, O Pequeno Palhaço” – Paideia Associação Cultural (22 a 26/02)
Pepé, o pequeno palhaço, fez do cruzamento de uma grande cidade seu picadeiro. Ensaia seus números num terreno baldio próximo dali quando, surpreendentemente, um menino curioso invade seu camarim propondo ser um ajudante de palhaço. A relação secreta entre os dois se estreita com a mútua descoberta dos universos díspares em que vivem e que servem de estímulo à ficção e ao jogo. A infância clandestina dos dois meninos ganha vida através da ficção, oculta numa carroça circense, mas não sabemos por quanto tempo.
*OFICINAS
De 22 a 26/02
10h às 12h
“Música e Cena Numa Linha Escura – Limites e possibilidades de pensar e fazer música para teatro, a partir de referências do teatro negro paulista”, com Saloma Salomão.
A oficina irá levar os participantes a uma reflexão em torno das possibilidades da música autoral no teatro audiovisual periférico. Quantidade de participantes: 30. Idade mínima: 13 anos.
De 22 a 26/02
14h às 17h
“Teatro da Roda, Dança/Palco e Rua”, com Luiz Carlos Laranjeiras
Oficina de introdução ao estudo, à prática e à dramaturgia do teatro musical popular brasileiro. Encontros online com atividades realizadas pelos participantes nos encontros e individualmente, em casa, com pesquisa da cultura popular e produção de texto teatral a partir dos elementos estéticos aprendidos e debatidos nos encontros. Dramaturgia, imaginário e cultura popular e teatro musical popular brasileiro. Quantidade de participantes: em aberto, conforme a programação e a demanda do evento. Idade mínima: 16 anos.
Semana 4:
“O Circo Fubanguinho” – Trupe Lona Preta (1 a 5/03)
“O Circo Fubanguinho” é um espetáculo inspirado nas charangas, farsas e bufonarias. As músicas pontuam e costuram o enredo. Nele, dois palhaços, demitidos e expulsos do picadeiro, tentam se inserir a qualquer custo.
“Buraquinhos ou o Vento é Inimigo do Picumã” – Cia. Carcaça de Poéticas Negras (1 a 5/03)
Um menino negro – morador do bairro Guaianases, zona leste de São Paulo – vai a padaria no primeiro dia do ano e leva um enquadro de um policial. A partir daí ele começa a correr e não para mais, o que o leva a uma maratona pelo mundo passando por países da América Latina e África. Ao longo do caminho ele é atingido por 111 tiros de arma de fogo do policial que o persegue. Buraquinhos que se abrem sem pudor e o vento que espanta o picumã. Uma denúncia ao genocídio da população jovem, negra e periférica com fortes tintas de realismo fantástico.
Semana 5:
“Cidade Desterrada” – Grupo Pombas Urbanas (8 a 14/03)
O espetáculo tem início com a chegada dos Encantados, seres cósmicos e imaginários que representam a força ancestral da comunidade que ali vai existir. Um grande bairro popular cresce neste lugar repleto de histórias e lutas por trabalho, comida, saúde, transporte. Logo chega uma trupe de teatro que representará as histórias desta população desterrada. Juntos, artistas e comunidade descobrem que para criar o futuro é preciso cultivar a memória e celebrar a vida.
“Super Tosco” – Rosa dos Ventos (8 a 14/03)
A trama do espetáculo é super tosca, porque é real, feita por palhaços que com suas histórias e números de divertimento não vão achar outra forma de heroísmo que não a tosca. A grandiosidade do Super aparece em espantosas acrobacias habilidades, número de equilíbrio, músicas cantadas e tocadas ao vivo com naipe de sopros e uma banda completa de um homem só, o Maestro Nicochina. Tem muito mais, animais ferozes, bambolês adestrados e artistas internacionais que se apresentam a qualquer custo. Essa é uma farra circense para rir, e muito!
Sobre o Todo Canto é Palco
Em 2020, o Coletivo dos Anjos realizou de forma online, a 1ª edição do Festival “Todo Canto é Palco”. O Festival contou com a participação de 6 grupos da capital e da grande São Paulo, todos ligados pela temática do teatro em espaços alternativos surgidos a partir das margens de São Paulo. Cada grupo apresentou um vídeo de seus espetáculos de repertório e participou de uma live, onde foram debatidos aspectos relacionados a seus processos de trabalho e origens. Também foram realizados debates, com participação de artistas como o diretor, autor e especialista em teatro de rua e atual diretor artístico do Teatro Ventoforte, Luiz Carlos Laranjeiras, o professor, músico e multiartista Salloma Salomão, o músico, artista popular e diretor artístico do Teatro Solano Trindade, Vítor Trindade, e a atriz, cantora e diretora Naruna Costa. Também foi realizada uma Oficina de Criação Dramatúrgica com o dramaturgo Victor Nóvoa, complementando o Festival. Considerando os resultados artísticos e as trocas que foram possibilitadas com essa primeira edição, mesmo em formato online,o Coletivo dos Anjos propõe agora, em 2021, uma nova edição do projeto, agora realizado através do Proac – Lei Aldir Blanc.
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