A rapper Kaê Guajajara, 26, sobe ao palco trajada com adereços indígenas de seu povo, trazendo em suas letras sérias denúncias e provocações, além de timbres melódicos, sintetizadores e graves robustos característicos do rap.
Como nos versos da canção Mãos Vermelhas, recorre ao contato com seus ancestrais e por meio de sonhos, escreve e canta sobre preconceito, ancestralidade, realidades vividas pelos povos indígenas e resistência.
Apesar das sérias denúncias e provocações em suas letras, o som da rapper Kaê Guajajara não foge dos timbres melódicos, sintetizadores e graves robustos característicos do rap. “O agro não é tech, não é pop e também mata”, começa o verso da música Mãos Vermelhas. “Tô renascendo da cinza do fogo que queimaram meus ancestrais”, continua a letra, enquanto uma batida que lembra o boladão do funk carioca se misturava aos baixos que fazem tremer as caixas de som.
De fato, a artista recorre aos ancestrais quando o assunto é música. “Eu sonho, gravo no meu celular a melodia que veio e junto com todas as coisas que eu já tinha escrito”, releva. Para as letras, ela anota casos de preconceito que vive no dia a dia. “Quando tenho que preencher alguma coisa e só dão as opções ‘pardo, branco, preto’, por exemplo”. Flow língua originária do povo Guajajara…
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